sábado, 28 de maio de 2016

Banheiros da Praia do Sol

Costa da Caparica, A praia 35 K de comprida, ed. Passaporte, 10, década de 1950.
Imagem: Fundação Portimagem

Tome-se nota do nome dos banheiros da nossa vastíssima praia que se estende desde a entrada da barra do Tejo até à Fonte da Telha:

Evandro Joaquim Ribeiro; Tarquínio António Martins;

EVANDRO
O MAIS ANTIGO BANHEIRO DESTAS PRAIAS

Costa da Caparica, entrada de praia, Sid Kerner, 1967.
Imagem: Arquivo Municipal de Lisboa

TARQUINIO
ANTIGO BANHEIRO IDONEO
O MAIS CENTRAL

"Dragão Vermelho";

Costa da Caparica, Praia do Dragão Vermelho, ed. Passaporte, 95, décadas de 1970 — 80.
Imagem: Delcampe, Oliveira

Costa da Caparica, Praia do Dragão Vermelho, décadas de 1970 — 80.
Imagem: Delcampe

José Marcelino; António Gonçalves [Ribeiro, Tarzan da Costa],

António Gonçalves Ribeiro, Tarzan da Costa.
Imagem: Notícias da Gandaia

António Marques Gaspar, Pedro Solano de Almeida, Américo José Joaquim; "Vitória" e "Praia do Norte", pois todos eles vos poderão alugar, toldos, barracas ou fatos de banho por preços estabelecidos por tabela.

Costa da Caparica, Vista da praia com 35 k de extensão, ed. Passaporte, 13, década de 1960.
Imagem: Delcampe, Bosspostcard

Quando entrar no mar não tenha receio, porque pela vossa vida velam exímios banheiros.

Costa da Caparica, A Praia do Sol com 35 K de extensão, ed. Passaporte, 14, década de 1960.
Imagem: Delcampe, Oliveira

Atenda, porém, sempre os seus conselhos, e, nunca tome banho, senão passadas três horas das refeições. (1)

Costa da Caparica, verão 2009.
Imagem: AVM


(1) Correia, António, Roteiro da Praia do Sol, Jornal Praia do Sol, 1950.

Outras ligações:
Costa da Caparica no Facebook
Orgulho Caparicano no Facebook

Tarzan da Costa de Caparica Nascido para salvar

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Atravesse a Caparica no Transpraia

Atravesse a Caparica no Transpraia
Imagem: 20agetravel portugal

O Transpraia é um comboio turístico que [desde 29 de Junho de 1960] liga a praia da Costa da Caparica à Fonte da Telha, num trajeto de cerca de 9 km à beira do Atlântico num percurso que compreende 4 estações e 15 apeadeiros...

Transpraia, inaugurado em 29 de Junho de 1960
Imagem: Transpraia

Tendo inicialmente sido apenas um trator a puxar carruagens sobre um estrado de madeira para transportar as pessoas para a praia, a fragilidade da madeira não foi impedimento para Casimiro que, apesar dos estrados terem partido, continuou com o seu projeto.

Costa da Caparica, Caminhos da Praia, ed. Passaporte, 12
Imagem: Fundação Portimagem

Com uma bitola de 60 cm, o trilho tem um percurso de via única, com algumas agulhetas e duplicações de linha para cruzamentos e pontos de manobra, tendo sido utilizado o sistema de montagem Decauville.

Costa da Caparica, década de 1970
Imagem: ed. desc.

As pequenas locomotivas movidas a gasóleo puxam composições constituídas por quatro carruagens do tipo imperial, de acesso aberto pelos estribos laterais a sete bancos de quatro lugares corridos.

Costa da Caparica, O Transpraia, ed. Passaporte, 615
Imagem: Delcampe, Oliveira

As praias da costa foram desbravadas com o tempo e com a ajuda do Transpraia que, de Junho a Setembro das 09:00 às 20:00, foi dando a conhecer a beleza natural da Costa do Sol, e das novas praias, tendo lá chegado antes de qualquer outro.

Costa da Caparica, Ed. Zav, 1103
Imagem: Delcampe

No Verão de 2007 o programa Polis transferiu o Transpraia para a Praia Nova, o que afastou muitos clientes, campistas que o utilizavam para vir à cidade e especialmente idosos que têm dificuldade de caminhar na areia até ao novo terminal.

Costa da Caparica, O Transpraia, ed. Passaporte, 94
Imagem: Restos de Colecção

A publicidade foi ao longo do tempo uma fonte de rendimento do Transpraia, que foi alegrando e colorindo as carruagens, hoje em dia, encontra-se bastante reduzida pela falta de visibilidade a que o Polis o votou.

Publicidade no Transpraia
Imagem: Transpraia

Os três comboios que fazem as viagens do Transpraia continuam a fazer a primeira viagem às 09:00 da manhã a partir da Praia Nova e a última viagem às 19:30 a partir da Fonte da Telha.

... E aguardam por si!... (1)



(1) Transpraia

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Mata do Estado e Quinta de Santo António

A mata do Estado constitui uma separação entre a Trafaria e a Costa de Caparica e entre a Trafaria e a aglomeração que se chama "Quinta de Sto. António".

Costa da Caparica, Bairro de Santo António e Foz do Tejo, ed. Passaporte, 2, década de 1960.
Imagem: Delcampe, Oliveira

A mata representa, no seu estado actual, um dos grandes atractivos da Trafaria e da Costa de Caparica.

Uma certa parte dela está ocupada pela organização da FNAT.

Costa da Caparica, Entrada principal para a FNAT, ed. Passaporte, 88, década de 1960.
Imagem: Delcampe
Veja-se agora a obra magnífica social e turística.

Contemple do alto da curva da estrada para os Capuchos a vastidão da praia — a maior da Península, o veja ao Norte a F. N. A. T. ("Um lugar ao Sol"), notável realização portuguesa.

O Restaurante Vitória parece um brinquedo de criança.

Costa da Caparica, Entrada ao refeitório da FNAT, ed. Passaporte, 45, década de 1960.
Imagem: Delcampe

Como tudo isto é lindo!

Com o novo plano de urbanização, esta zona será em um futuro muito próximo, uma das melhores regiões do país, onde qualquer turista exigente, pode não só vir passar a época balnear como fixar residência.

in Correia, António, Roteiro da Praia do Sol, Jornal Praia do Sol, 1950.

Várias outras organizações semelhantes pedem constantemente ao Governo uma concessão de terreno na mesma mata, afim de instalar ali colónias de férias ou casas de repouso.

Não há dúvida que viver nesta mata seja muito agradável.

Mas não devemos esquecer o seguinte: se estas licenças forem concedidas, a mata encontrar-se-ia, muito em breve, dividida em pedaços e quase completamente cheia por construções (ainda bem se as árvores não se estragassem!).

Federação Nacional para a Alegria no Trabalho (F.N.A.T.).
Costa da Caparica, aspecto do almoço dos trabalhadores dos Sindicatos Nacionais, 1937.
Imagem: Arquivo Nacional Torre do Tombo

Isto quer dizer que ela deixaria de existir como passeio público, com grande prejuízo da Costa de Caparica, da Trafaria e dos habitantes de Lisboa.

Costa da Caparica, Alameda de Santo António, ed. Passaporte, 25, década de 1960
Imagem: Delcampe, Oliveira

Foi à margem da Estrada Nacional Nº. 10 – 1ª, entre esta estrada e a encosta abrupta do planalto, que foi construído o loteamento que tem o nome de Quinta de Sto. António, pois que ocupa as terras desta quinta.

Costa da Caparica, ed. Lif, 07, Quinta de Santo António, década de 1940.
Imagem: Delcampe

Este sítio não possui muitos atractivos na época de Verão, ficando um pouco encaixado entre a mata e a encosta o que o torna muito quente por causa disso.

Somente a proximidade da mata, que se estendo do lado oposto da estrada, lhe dá algumas vantagens.

Pelo contrário, este cantinho é muito bom para uma estação de Inverno, sendo protegido pela mata contra as intempéries do Oceano; muitas famílias de Lisboa, pertencentes à classe média, procuram viver aí durante o Inverno, por razões de saúde.

Costa da Caparica, Vista geral do Bairro de Santo António e Caparica, ed. Passaporte, 74, década de 1960.
Imagem: Fundação Portimagem

Ora, este talhamento foi feito e construído de uma maneira comercial, é muito denso e mal arranjado, sem qualquer compreensão dos princípios do urbanismo, o que o torna um bairro desagradável. (1)

Prefere construir em Santo António?

— Pois muito bem. Tome nota dos empreiteiros dignos do maior credito, que o servirão escrupulosamente; além do já indicado tem Júlio Cardozo, na Quinta de St.° António; José António Margaça e Júlio Oliveira, nas ruas 12 e Capitão Ribeiro de Cruz, na Costa da Caparica, e ainda Josias Nazaré da Encarnação, Rua Barros de Castro.

Com materiais para construção também não se preocupe. pois encontra bastante no concelho por onde escolher. Veja:

— Estância de madeiras de João Álvaro Pereira & Filhos, na Rua 10 (telefone P. S. 15), com todos os maquinismos modernos; Sociedade Comercial de Mosaicos, Ltd.a, Quinta de S. Sebastião (Andorinhas) Almada; Casa Artur, Rua Capitão Leitão também em Almada; Manuel Carvalho Rosa, no Monte de Caparica; Mecânica Piedense, Rua António José Gomes (telefone Almada 79) e Mecânica Piedense, Ltd.a, Rua Manuel Ferreiro [sic] (telefone Almada 182).

in Correia, António, Op. Cit.


(1) Gröer, Etienne de, Plano de Urbanização do Concelho de Almada, PUCA, Análise e Programa, Relatório, 1946, mencionado em Anais de Almada, 7-8 (2004-2005), pp. 151-236.

Artigo relacionado:
Costa da Caparica — urbanismos


segunda-feira, 23 de maio de 2016

Os Meia Lua da Costa de Caparica

O meia-lua da Costa da Caparica, também conhecido pelo nome de saveiro e barco da arte era o barco usado na Caparica para a arte xávega, que lembra pelo seu arqueado e pela quase igualdade das bicas uma meia-lua perfeita.

Pormenor da praia da Caparica, ed. Fotex, 144
Imagem: Delcampe

Manuel Leitão define o meia-lua como sendo mais pequeno que o barco do mar, com fundo chato, mas com um tosado importante, que o levanta numa curva bastante acentuada até às rodas de proa e de ré, produzindo o perfil característico em crescente, que dá à embarcação o seu nome. (1)

Praia do Sol, Caparica, ed. José Nunes da Silva, s/n
Imagem: Delcampe

Cada “meia-lua” era manobrado por uma “companha” ou associação de pescadores que vieram sobretudo de Lavos e Buarcos para tomar parte numa forma particular de arrasto com rede de cerco.

Caparica, Aguarela, Carlos Pinto Ramos
Imagem: Cabral Moncada Leilões

Alguns dos homens que trabalhavam nesta ocupação eram também do Algarve.

Barco varado, Aguarela, Carlos Pinto Ramos
Imagem: Cabral Moncada Leilões

Estas grandes embarcações eram construídas com quatro bancadas para os remadores e as posteriores, mais pequenas, e em menor número, que mediam 8,50 x 2,40 metros aproximadamente, eram construídas com três. 

Costa da Caparica, Saíndo para a pesca, ed. Lif , 2
Imagem: Delcampe

A parte de ré do casco era deixada aberta para permitir espaço no qual era alojada a rede, as suas numerosas poitas e flutuadores de cortiça e os cabos de puxar.

Costa da Caparica, ed. desc.

Nos tempos antigos, alguns “meias-luas” eram aparelhados com vela e leme do tipo “xarolo” para a pesca no Rio Tejo, para vender o peixe nos mercados da margem norte.

Souza, João de, Caderno de Todos os Barcos do Tejo tanto de Carga e transporte como d'Pesca,
Sociedade de José Fonseca, 1785

Em 1948 existiam 14 “Meias Luas” na Caparica, mas o seu número foi descendo, podendo em 1970 serem contados pelos dedos de uma mão. 

Costa da Caparica, 1946, Mário Novais

Prevendo o seu rápido desaparecimento, o Museu de Marinha adquiriu em Junho de 1975 um exemplar que se encontra exposto junto à entrada para o Planetário e onde o visitante pode admirar as suas belas formas e toda uma arte que se vai extinguindo. (2)

Costa da Caparica, 1956
Imagem: Eulália Duarte Matos


(1) Lopes, Ana Maria, Marintimidades, O meia-lua: da praia para o Museu?... 

(2) Leitão, Manuel, Revista da Armada, Dezembro 2002, (pág. 397, ou pesquisar "Caparica")

Leitura relacionada: Fonseca, Senos da, Factos & História , A arte da xávega

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Arte xávega por Romeu Correia

Quando a companha deita ao mar as novecentas braças de corda deita todo o Calamento.
— Calamento é, pois, limite de andanças e anseios, traçado pela rotina do pescador.

Costa da Caparica, Entrando no mar, ed. Acção Bíblica/Casa da Bíblia, s/n, cliché João Martins

De novo o Deus te guie fez proa ao mar, e o calador foi folgando cabos e pondo coiros a flutuar de oito em oito cordas...

Praia do Sol, Caparica, ed. José Nunes da Silva, s/n
Imagem: Delcampe, Bosspostcard




A bica da vante está voltada ao sul. As mãos do calador atam a corda à rede. Vão descer as primeiras malhas... Todos se descobrem. E o arrais diz:
— Vai em louvor de Nossa Senhora do Cabo!
Braça a braça, as pandas da rede tocam na água e todo o tecido é luz, é prata, fosforecendo em todos os quadradilhos e rasgões. Cortiças sobre cortiças caiem das mãos do calador; chumbos sobre chumbos, das do vareiro, que fez novo trajecto da vante à ré.


Num ritmo calmo, compassado, os remos são puxados com brandura. Tem garbo, tem galhardia, assim, o meia-lua, a singrar para o sul! Chega a vez de o saco, de malhas fechadas e escuras, ser arrumado pela borda fora... E é que é mesmo — mas pela borda contrária. A espadilha flecte agora numa manobra: o cerco acentua-se. Rema-se na sóta um pouco mais.

Cabazeiros e almocreves, transportando recoveiras, canastras e sarricos, esperam o meia-lua. Três catraios, endemoninhados, brincalhões, salpicam o pessoal nas correrias. Barafusta-se. Sobem ameaços. Mas o jogo continua...

"Gigas" (Costa de Caparica), Álvaro Colaço, Objectiva nº 7, Dezembro 1937
Imagem: Alexandre Pomar

O Deus te guie vence a rebentação e aporta de ré. O grosso dos homens bota pés à cinta e pula para o areal. Toda a companha se divide em dois grupos: o da banda panda e o da panda barca. Situam-se a uma distância como duzentos metros. Os fedelhos voltam os xalavares e os homens escolhem o seu cinto para para o puxa-puxa. O arrais percorre os dois alares, a saber distâncias.

Costa da Caparica, Almada, Passaporte, 60, Arribação dos pescadores após o lançamento das redes

— Ala a panda barca!
O pessoal do sul, firmes os cintos, e, de peito ao mar, recostado na tala de lona, recua, recua...
Três aselhas e seis nós, cicatrizados na corda, chegam ao mar. Uma voz avisa o arrais: 

— À mestre, caçámos trinta e seis cordas!
Trinta e seis cordas, na panda barca, significa que foi atingido o par com o lado norte, vindo a rede, agora, direitinha para terra.


A Praia do Sol, Alando a rede, ed. Acção Bíblica/Casa da Bíblia, 106
Imagem: Delcampe, Bosspostcard

— Ala da banda panda!
E os homens, às arrecuas, passinho sobre passinho, calcanhares firmados, troncos recostados, puxam as sirgas. Cada um, ao dar por findo o seu reboque, liberta a roldana e volta ao princípio. Vai caindo corda morta no areal, de ambos os lados.


Praia do Sol, C. Caparica, ed. José Nunes da Silva, s/n
Imagem: Delcampe

Um coiro, túmido e acastanhado, surge a lume de água, escorrendo limos: oito cordas vencidas ou sejam cento e quarenta e quatro braças. Pés fincados na areia resvaladiça, braços cruzados sobre a arca do peito, os homens forcejam, forcejam, mas a sirga cede tão lentamente como se arrastasse os infernos.

Costa da Caparica, Almada, Passaporte, 64, Pescadores enrolando as cordas da rede
Imagem: Fundação Portimagem

De tão esticada, a sirga parece cabo de aço, vindo contínuamente babujada de sargaço e mexoalho.
— Atrasar dessa panda! — berra o arrais para os do norte.
Os pés amortecem de ligeireza, mãos nas talas, caras postas na névoa, que branqueia agora o céu. As sirgas vão-se aproximando, cada vez mais, cada vez mais.



Excertos do romance de Romeu Correia, Calamento, Lisboa, Editorial Minerva, 1950.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Pescadores da Costa em 1900

A esperança, a esperança! ... O mar longe, movido
Solta, de quando em quando, um lúgubre gemido...

Costa de Caparica, Alberto Carlos Lima, colégio do Menino Jesus e casas típicas de pescadores, década de 1900.
Imagem: Arquivo Municipal de Lisboa

O pescador da Costa abandona a cabana;
Deixa filhos, mulher!... Na carreira vesana
Vae perguntar trabalho, e sem poder lograr
Companha, que se afoite ao truculento mar!

Costa de Caparica, Alberto Carlos Lima, pescadores lançando uma embarcação ao mar, década de 1900.
Imagem: Arquivo Municipal de Lisboa

No areal da Costa não rebenta a vaga;
Todo o mar sereno! Pobre pescador!...
Lança em vão os olhos... Da deserta plaga
Não descobre ao longe nem signal, que traga
Negra de sardinhas, ondulando á flor!

Costa de Caparica, Alberto Carlos Lima, pescadores puxando uma embarcação para terra, década de 1900.
Imagem: Arquivo Municipal de Lisboa

Não seja o tempo fatal
Aos do mar, e ao pescador;
Que o mais este vendaval
É propicio ao lavrador!

Costa de Caparica, Alberto Carlos Lima, pescadores lançando uma embarcação ao mar (inv.), década de 1900.
Imagem: Arquivo Municipal de Lisboa

Pesado estoira o mar, pelo areal da Costa;
Sibila, range, estrala, o pinheiral da encosta! (1)


(1) Raimundo António de Bulhão Pato, Livro do Monte, georgicas, lyricas, 1896, Typographia da Academia, Lisboa.

Alguns artigos relacionados:
Colégio do Menino Jesus, 1876 — 1901
A Costa romântica de Bulhão Pato
Os saveiros meia lua da Costa da Caparica
Arte xávega na Costa da Caparica a Património Imaterial